Francamente
É inexistente
Beleza equivalente
Sendo, completamente
Vulnerável e transparente
Nunca vi, nem sonhei
Nem imaginei
Um olhar tão envolvente
Desprevenido, desprotegido
Digo
Em um mundo perfeito
Todas as curvas
Seriam como as suas
Escrevendo
Como quem está fazendo
Um diário cem por cento secreto
Grito nas linhas
O que jamais caberia em versos
Que és a coisa mais linda
Que existiu, existe, acontece
E haverá no universo
Porém
Mal querido, abandonado
Largado no frio
Sem defesa, mudo
Sem direito ao processo
Nasci das cinzas
Dos teus cigarros em excesso
Eu fiz meu mundo.
Letras feitas de ar
Ao existir
No espaço
O encontro
De nossos
Corpos, espíritos
Carregando
Nossos ossos
Corações, passados
Planos, defeitos
Sonhos
E tudo mais
Que temos
E não temos muito
Direito
Vindo de você
Um rifle dispara
Milhares de balas
Feitas de um metal
Que atinge todo o ar
Ao meu redor
É quando paira
Uma vontade de não parar
De te olhar
É quando tudo
Ao teu redor
Vai ficando em tons fracos
De cinza, e ainda
Vai ficando menor
É quando os sons
Perdem força
Aos pouquinhos
O som da cidade
Vai ficando baixinho
E eu só querendo
Ter ouvidos
Pra o que for sua voz
Ao existir
Você no mundo
Minha poesia se curva
Diante do teu modo
De me inspirar
Você tem
O bastante
Para alimentar
O que mantem
Minha poesia viva
Você é feita
Do que faz
O poeta acordar
Dai ar à quem te respira. ...
No espaço
O encontro
De nossos
Corpos, espíritos
Carregando
Nossos ossos
Corações, passados
Planos, defeitos
Sonhos
E tudo mais
Que temos
E não temos muito
Direito
Vindo de você
Um rifle dispara
Milhares de balas
Feitas de um metal
Que atinge todo o ar
Ao meu redor
É quando paira
Uma vontade de não parar
De te olhar
É quando tudo
Ao teu redor
Vai ficando em tons fracos
De cinza, e ainda
Vai ficando menor
É quando os sons
Perdem força
Aos pouquinhos
O som da cidade
Vai ficando baixinho
E eu só querendo
Ter ouvidos
Pra o que for sua voz
Ao existir
Você no mundo
Minha poesia se curva
Diante do teu modo
De me inspirar
Você tem
O bastante
Para alimentar
O que mantem
Minha poesia viva
Você é feita
Do que faz
O poeta acordar
Dai ar à quem te respira. ...
Apareceu
Diz, ela
Sobre um livro
Que eu escrevi,
Que gostou de ler
Diz, ela
Que também escreve
Mas cismou
De não deixar eu ver
Afirma a moça
Que sente as coisas
Com muita força
E que seu estado emocional
É semelhante
A uma montanha russa
Pelo jeito
Ela também é poeta
Do jeito que erra e acerta
E pelo efeito que causa
Sem falar neste raciocínio
Sem freio nem pausa
Diz ela
Que não faz ideia
De quem é
Ou no que irá se tornar
Ao meu ver
Parece um tipo de ser
Que foi feita
Perfeita
Para se amar.
Sobre um livro
Que eu escrevi,
Que gostou de ler
Diz, ela
Que também escreve
Mas cismou
De não deixar eu ver
Afirma a moça
Que sente as coisas
Com muita força
E que seu estado emocional
É semelhante
A uma montanha russa
Pelo jeito
Ela também é poeta
Do jeito que erra e acerta
E pelo efeito que causa
Sem falar neste raciocínio
Sem freio nem pausa
Diz ela
Que não faz ideia
De quem é
Ou no que irá se tornar
Ao meu ver
Parece um tipo de ser
Que foi feita
Perfeita
Para se amar.
Combustível
Vai dizer
Que não é permitido
Pro sujeito
Que respira emoção
É como
Tentar acabar com um incêndio
Usando combustível
O poeta é feito
Do que provoca
E desatina
Se a coisa
Tem todo jeito
Que desperta
Querer saber como é
O impossível de conhecer
Ao não ser que
Que aconteça
O que no caso
É proibido
O poeta treme
E consequentemente
Se inspira
Que não é permitido
Pro sujeito
Que respira emoção
É como
Tentar acabar com um incêndio
Usando combustível
O poeta é feito
Do que provoca
E desatina
Se a coisa
Tem todo jeito
Que desperta
Querer saber como é
O impossível de conhecer
Ao não ser que
Que aconteça
O que no caso
É proibido
O poeta treme
E consequentemente
Se inspira
A encantadora de girassois
Nervosismo inexplicável
Receio, cuidado
Todos os jeitos de evitar
Expressar-me demais
E mais, preocupar-me
Em ser aceito quando o fizer
Só desfruto desse comportamento
Quando o receptor da expressão
É uma mulher.
Só fico assim
Tropeçando nas palavras
Me inspirando tanto, a ponto
De ir desistindo de falá-las
Assim
Só quando em estado encantado
Inspirado
Não fiz terapias
Nunca frequentei analistas
Penso as vezes que até deveria
Mas acho que quanto a isso
Não necessito ser diagnosticado
Tenho forte intuição
E na minha opinião
o que me faz raciocínio
Perde de muito
Para o que me faz emoção
Julgado, difamado, falado
Por mulheres lindas
Na essência e na aparência
Por homens, creio eu, limitados
Eu não sou apto à dizer
Quem está certo ou errado
O que posso fazer ser expressado
É que eu só me movo pelo que sinto
Por instinto, que admito
É faminto por poesia
E poeta eu não seria
Caso não fosse exagerado
Por exemplo, nesse momento exato
Encontro-me em estado de encanto
Em nível alto, avançado
Mesmo que seja impossível
Deixar claro em registro
Vou deixar escrito, o rascunho
Da explicação de como a culpa
Não é minha, é da moça
É ela que faz com que eu sinta tanto
Com tanta força
Que meu punho quase que sozinho
Dispara a dançar nas folhas
Um apelido para ser dado a ela
Tem que ser de um bom gosto elevado
Exige ser genial, caprichado
Porque a moça além de muito bonita
Carrega Flores no nome que assina
E grita: "sou feita de charme!"
Sem dizer absolutamente nada
Vão dizer ainda que a culpa é minha
Que eu sou fácil de ser conquistado
Veja bem
Ela brilha um sorriso só dela
Versa seus passos dançando
Agora diga se sou culpado
A moça dança de um jeito.
Que se eu pudesse escolher
O roteiro dos meus sonhos
Sem dúvidas, em sonhos
Há muitos anos já teríamos dançado
Eu? Poeta? exagerado?
Olha, não sei dizer direito
O que mais me parece interessante
Se é o cheiro ou se é a voz.
Quase esqueço o que a moça tem de sobra
Que me encantou de começo
A luz, isso nela, transborda
A luz da moça é tanta
Que se for de seu desejo
Planta no apartamento seus girassóis.
Alguém aponte nos meus versos
onde há exagero dos meus cortejos.
Eu simplesmente sinto o que interpreto,
interpretando o que é sentido,
no ritmo que bate essa coisa no meu peito.
.
Receio, cuidado
Todos os jeitos de evitar
Expressar-me demais
E mais, preocupar-me
Em ser aceito quando o fizer
Só desfruto desse comportamento
Quando o receptor da expressão
É uma mulher.
Só fico assim
Tropeçando nas palavras
Me inspirando tanto, a ponto
De ir desistindo de falá-las
Assim
Só quando em estado encantado
Inspirado
Não fiz terapias
Nunca frequentei analistas
Penso as vezes que até deveria
Mas acho que quanto a isso
Não necessito ser diagnosticado
Tenho forte intuição
E na minha opinião
o que me faz raciocínio
Perde de muito
Para o que me faz emoção
Julgado, difamado, falado
Por mulheres lindas
Na essência e na aparência
Por homens, creio eu, limitados
Eu não sou apto à dizer
Quem está certo ou errado
O que posso fazer ser expressado
É que eu só me movo pelo que sinto
Por instinto, que admito
É faminto por poesia
E poeta eu não seria
Caso não fosse exagerado
Por exemplo, nesse momento exato
Encontro-me em estado de encanto
Em nível alto, avançado
Mesmo que seja impossível
Deixar claro em registro
Vou deixar escrito, o rascunho
Da explicação de como a culpa
Não é minha, é da moça
É ela que faz com que eu sinta tanto
Com tanta força
Que meu punho quase que sozinho
Dispara a dançar nas folhas
Um apelido para ser dado a ela
Tem que ser de um bom gosto elevado
Exige ser genial, caprichado
Porque a moça além de muito bonita
Carrega Flores no nome que assina
E grita: "sou feita de charme!"
Sem dizer absolutamente nada
Vão dizer ainda que a culpa é minha
Que eu sou fácil de ser conquistado
Veja bem
Ela brilha um sorriso só dela
Versa seus passos dançando
Agora diga se sou culpado
A moça dança de um jeito.
Que se eu pudesse escolher
O roteiro dos meus sonhos
Sem dúvidas, em sonhos
Há muitos anos já teríamos dançado
Eu? Poeta? exagerado?
Olha, não sei dizer direito
O que mais me parece interessante
Se é o cheiro ou se é a voz.
Quase esqueço o que a moça tem de sobra
Que me encantou de começo
A luz, isso nela, transborda
A luz da moça é tanta
Que se for de seu desejo
Planta no apartamento seus girassóis.
Alguém aponte nos meus versos
onde há exagero dos meus cortejos.
Eu simplesmente sinto o que interpreto,
interpretando o que é sentido,
no ritmo que bate essa coisa no meu peito.
.
Arquiteto
Arquitetando labirintos
Incentivando fatores
Provocadores de inspiração
Exagerando a dor
Inventando amor
Ouvindo a cor
Das imagens dos sentidos
Construindo perdição
Perdendo direção
Criando o inimigo
Invisível, invencível
Guardando troços
Enfraquecendo ossos
Bebendo imaginação
Treinando o coração
Descobrindo esconderijos
De minha criação
Fabricando abrigos imaginários
Sem proteção
Transplantando condição
Implantando insanidade
Transformando respiração
Cuspindo dom
Enterrando segredos
Lendo medo
Das coisas escritas
Pela própria mão.
Incentivando fatores
Provocadores de inspiração
Exagerando a dor
Inventando amor
Ouvindo a cor
Das imagens dos sentidos
Construindo perdição
Perdendo direção
Criando o inimigo
Invisível, invencível
Guardando troços
Enfraquecendo ossos
Bebendo imaginação
Treinando o coração
Descobrindo esconderijos
De minha criação
Fabricando abrigos imaginários
Sem proteção
Transplantando condição
Implantando insanidade
Transformando respiração
Cuspindo dom
Enterrando segredos
Lendo medo
Das coisas escritas
Pela própria mão.
à ídola
Eu prefiro a sua poesia
ela tem um tempo
que é do tempo invejar
tem a leveza
que desafia o ar
eu me inspiro
vendo sua poesia dançar
é o palavrear dos sentidos
é o encanto do tanto
que não cabe no mar
eu me inclino
vendo seu reinado versar.
.
ela tem um tempo
que é do tempo invejar
tem a leveza
que desafia o ar
eu me inspiro
vendo sua poesia dançar
é o palavrear dos sentidos
é o encanto do tanto
que não cabe no mar
eu me inclino
vendo seu reinado versar.
.
Encantos
Eu chegava atrasado
as vezes
sempre
mas chegava inspirado
arrumado
sempre chegava
parecia magia
tudo encantado
nos encantávamos
com força
deitados
e de todos os jeitos
tudo encantado
perfeito.
Nossas bocas
muito loucas
muito uso
do abuso
falado
entre respirações
que acabavam com o ar
sem pressa de chegar
a pegar
muito abuso
do uso
da sede
na parede
na pia
na voz, vadia
sem poesia
você chorava
sorria
eu bebia
suas mudanças de cor
tremia
na sua
totalmente
ou semi nua
na mesa
na rua.
As vezes
você chegava crua
eu praticava
na sua
a gastronomia
você sorria
chorava
você criava
e chegava
eu sorria
na minha
você repetia
tremendo
querendo
a voz, vadia
na na sua cama
na minha.
As vezes
você chagava
e eu estava
com fome
cansado
cheio de poesia
sua cabeça doía
a gente comia
fumava
sorria
calava
dormia.
As vezes
eu não chegava
você chorava
e perguntava
da vadia
eu mentia
você sorria
eu tremia
temia
o seu sorriso mentia
disfarçava
eu fazia
você sumia
eu traía
outra voz te dizia
safada
sem poesia
no chão
na pia.
Na separação
eu te comia
sem voz
sem poesia
após
o amor
morria.
as vezes
sempre
mas chegava inspirado
arrumado
sempre chegava
parecia magia
tudo encantado
nos encantávamos
com força
deitados
e de todos os jeitos
tudo encantado
perfeito.
Nossas bocas
muito loucas
muito uso
do abuso
falado
entre respirações
que acabavam com o ar
sem pressa de chegar
a pegar
muito abuso
do uso
da sede
na parede
na pia
na voz, vadia
sem poesia
você chorava
sorria
eu bebia
suas mudanças de cor
tremia
na sua
totalmente
ou semi nua
na mesa
na rua.
As vezes
você chegava crua
eu praticava
na sua
a gastronomia
você sorria
chorava
você criava
e chegava
eu sorria
na minha
você repetia
tremendo
querendo
a voz, vadia
na na sua cama
na minha.
As vezes
você chagava
e eu estava
com fome
cansado
cheio de poesia
sua cabeça doía
a gente comia
fumava
sorria
calava
dormia.
As vezes
eu não chegava
você chorava
e perguntava
da vadia
eu mentia
você sorria
eu tremia
temia
o seu sorriso mentia
disfarçava
eu fazia
você sumia
eu traía
outra voz te dizia
safada
sem poesia
no chão
na pia.
Na separação
eu te comia
sem voz
sem poesia
após
o amor
morria.
ísta
Inteligência
Não produz recursos
Os quais preciso
Para ser digno
Minha vida é vazia
Por isso essa arte
Sem qualquer serventia
Sustenta o egoísmo
Desde sempre
Todo dia...
Não produz recursos
Os quais preciso
Para ser digno
Minha vida é vazia
Por isso essa arte
Sem qualquer serventia
Sustenta o egoísmo
Desde sempre
Todo dia...
Desastrado
Desde a infância me informaram as regras
quebrei a perna quebrando uma delas
quebrando outras, quebrei a cara
Destruí muitas horas, dias, meses
de outras pessoas que não estavam informadas
que eu quebrava quase tudo por onde passava
Quebrei umas portas que não queriam abrir
caminhei por lugares tortos
fui sozinho, conseguindo.
Meus pais continuaram sorrindo
por outros montes de motivos
Dos meus passos desastrados nunca
quebrei as expectativas deles
por várias vezes, por todas as vezes
que viram, ou sentiram.
Desastrado, quebrei minhas próprias regras
quais criei pelos caminhos
Deixei em cacos, muitos pratos
dos quais me serviam bem
alguns nem colei, nem catei
Quebrei pessoas arrogantes
com golpes de luvas
Quebrei o silêncio de mentes criativas
quebrei a cabeça procurando
respostas que nunca existiram
Despedacei muitas coisas
das materiais aos sentidos
quebrei garrafas de vinho
depois de estarem vazias
quebrei camas, pias, cadeiras.
Construí amizades inquebráveis
quebrei um ou dois inimigos
Quebrando um monte de coisas
com ajuda ou sozinho, fiquei triste
quebrei muito choro pra montar uns sorrisos
Minha vida é quebrada, desastrada
torta e do avesso
irritante para os preocupados comigo
Nunca quebrei meus sonhos construídos
mantenho intacto também os pesadelos
para não quebrar o equilíbrio.
quebrei a perna quebrando uma delas
quebrando outras, quebrei a cara
Destruí muitas horas, dias, meses
de outras pessoas que não estavam informadas
que eu quebrava quase tudo por onde passava
Quebrei umas portas que não queriam abrir
caminhei por lugares tortos
fui sozinho, conseguindo.
Meus pais continuaram sorrindo
por outros montes de motivos
Dos meus passos desastrados nunca
quebrei as expectativas deles
por várias vezes, por todas as vezes
que viram, ou sentiram.
Desastrado, quebrei minhas próprias regras
quais criei pelos caminhos
Deixei em cacos, muitos pratos
dos quais me serviam bem
alguns nem colei, nem catei
Quebrei pessoas arrogantes
com golpes de luvas
Quebrei o silêncio de mentes criativas
quebrei a cabeça procurando
respostas que nunca existiram
Despedacei muitas coisas
das materiais aos sentidos
quebrei garrafas de vinho
depois de estarem vazias
quebrei camas, pias, cadeiras.
Construí amizades inquebráveis
quebrei um ou dois inimigos
Quebrando um monte de coisas
com ajuda ou sozinho, fiquei triste
quebrei muito choro pra montar uns sorrisos
Minha vida é quebrada, desastrada
torta e do avesso
irritante para os preocupados comigo
Nunca quebrei meus sonhos construídos
mantenho intacto também os pesadelos
para não quebrar o equilíbrio.
Pouco
Perco coisas
As quais mais fazem
Sentir-me beneficiado
Acho um tédio
Os privilégios que me são dados
Sinto falta de dores fortes
Quando só viver
Não me faz ser golpeado.
As quais mais fazem
Sentir-me beneficiado
Acho um tédio
Os privilégios que me são dados
Sinto falta de dores fortes
Quando só viver
Não me faz ser golpeado.
Os melhores do mundo
Vi teus olhos de perto
Transparecendo
Tua sede
Por sorrir nos olhos
Vi coragem no teu jeito de olhar
Querendo em meus olhos
Atenção de verdade
Vi liberdade em teus lábios
Tremendo confusos
Em sorrisos mais puros
Que os meus sorrisos esperavam
Senti no teu cheiro um abuso
Confundindo meus passos
Vi a cor dos dias
Multiplicar-se em mil tons
Dancei teus sons
Dormi dias em apuros
Os melhores do mundo
Senti falta de tudo
Senti em sono profundo
Que só conseguia ficar acordado
Feito louco
Por você em suas formas
Sua loucura adoçada
E por seu toque absurdo.
Transparecendo
Tua sede
Por sorrir nos olhos
Vi coragem no teu jeito de olhar
Querendo em meus olhos
Atenção de verdade
Vi liberdade em teus lábios
Tremendo confusos
Em sorrisos mais puros
Que os meus sorrisos esperavam
Senti no teu cheiro um abuso
Confundindo meus passos
Vi a cor dos dias
Multiplicar-se em mil tons
Dancei teus sons
Dormi dias em apuros
Os melhores do mundo
Senti falta de tudo
Senti em sono profundo
Que só conseguia ficar acordado
Feito louco
Por você em suas formas
Sua loucura adoçada
E por seu toque absurdo.
Pedras
A segurança que é causada
Por excesso de confiança e afinidade
Pode ter consequência covarde
A base de pedras verbais
Disparos perfeitos são feitos
O confiante subconsciente
Tem certeza que sente
Tem certeza que é leal
Por isso, assegurado
Transfere raiva
O mal cuspido
Sem fundar motivo real
Esposas, maridos
Filhos, pais
Amigos, mães
Amantes
Os mais dedicados.
Forjados argumentos são criados
Os confiáveis, vulneráveis
Imaginam mil possíveis deslizes
Ou infelizes palavras indesejáveis
A cegueira de quem ataca
Fabrica distância
E faz com que apareçam
Opiniões nunca divulgadas
Baixem a voz
Usem o senso
Procurem o senso
Ao se irritarem
Aprovem seus pensamentos
Tentem lembrar do que sentem
Os atacados subconscientes
Podem cismar
Em desistirem de digerir
O volume das pedras atiradas
E zerar.
Por excesso de confiança e afinidade
Pode ter consequência covarde
A base de pedras verbais
Disparos perfeitos são feitos
O confiante subconsciente
Tem certeza que sente
Tem certeza que é leal
Por isso, assegurado
Transfere raiva
O mal cuspido
Sem fundar motivo real
Esposas, maridos
Filhos, pais
Amigos, mães
Amantes
Os mais dedicados.
Forjados argumentos são criados
Os confiáveis, vulneráveis
Imaginam mil possíveis deslizes
Ou infelizes palavras indesejáveis
A cegueira de quem ataca
Fabrica distância
E faz com que apareçam
Opiniões nunca divulgadas
Baixem a voz
Usem o senso
Procurem o senso
Ao se irritarem
Aprovem seus pensamentos
Tentem lembrar do que sentem
Os atacados subconscientes
Podem cismar
Em desistirem de digerir
O volume das pedras atiradas
E zerar.
Exausto
Falei muito
Variei nas formas
Alterei os métodos
Calei-me diante de frases
Ditas por você
Formadas por palavras
Que antes
Não suportava
Cansei de tentar
Se eu pudesse escolher
Eu não te amava.
Variei nas formas
Alterei os métodos
Calei-me diante de frases
Ditas por você
Formadas por palavras
Que antes
Não suportava
Cansei de tentar
Se eu pudesse escolher
Eu não te amava.
Citações
Feitas perfeitas as colocações verbais
Conversas que lembravam recitais
Prometiam disciplina só vista em ceitas
O amor citado era de causar calor e tremor
Caiu no esquecimento por acaso
que é cada um por si
caso seja o caso de sentir dor.
Conversas que lembravam recitais
Prometiam disciplina só vista em ceitas
O amor citado era de causar calor e tremor
Caiu no esquecimento por acaso
que é cada um por si
caso seja o caso de sentir dor.
Declaro
Declaro amor por humanos
Sem determinar quais amo mais
Sem excluir fulana ou ciclano
Em proteção, em necessidade
Prioridades à minha família
Mas o amor que aqui transborda
É uma só arca que transporta à todos
Declaro amor por humanos
Os que não acreditam
Os que me causaram, ou tentaram, sérios danos
Até mesmo os covardes, os prepotentes, amo
Ciganos, viciados, individualistas, arrogantes
Declaro amor por todos
Mesmo confiando em poucos
Mesmo vendo a maldade, amo
O amor que sinto não tem motivo
Independe das vidas que andam levando
Não tem a ver com o que estão ganhando
Não preciso saber o que estão sentindo ou pensando
Não me interessa como julgam meus costumes
Menos ainda o que falam ao citar meu nome
Eu declaro amor por seres humanos
Os que erram sabendo e continuam errando
Os mais fracos, os mais egoístas
Estrangeiros, crentes
Revolucionários, carentes
Não me interessa quais são seus objetivos
Sentir ódio, eu também sinto
Mas deixar de amá-los, não consigo.
Sem determinar quais amo mais
Sem excluir fulana ou ciclano
Em proteção, em necessidade
Prioridades à minha família
Mas o amor que aqui transborda
É uma só arca que transporta à todos
Declaro amor por humanos
Os que não acreditam
Os que me causaram, ou tentaram, sérios danos
Até mesmo os covardes, os prepotentes, amo
Ciganos, viciados, individualistas, arrogantes
Declaro amor por todos
Mesmo confiando em poucos
Mesmo vendo a maldade, amo
O amor que sinto não tem motivo
Independe das vidas que andam levando
Não tem a ver com o que estão ganhando
Não preciso saber o que estão sentindo ou pensando
Não me interessa como julgam meus costumes
Menos ainda o que falam ao citar meu nome
Eu declaro amor por seres humanos
Os que erram sabendo e continuam errando
Os mais fracos, os mais egoístas
Estrangeiros, crentes
Revolucionários, carentes
Não me interessa quais são seus objetivos
Sentir ódio, eu também sinto
Mas deixar de amá-los, não consigo.
Dona
É que a dona
É dona de uma boca
De desconcentrar
De me fazer querer saber
O sabor e a cor das partes
Quais não posso ver
O jeito que ela tem de se mexer
Dá vontade de saber
Das coisas que ela gosta
E como vai se comportar
Segundos antes e durante
Os instantes em que gozar.
É dona de uma boca
De desconcentrar
De me fazer querer saber
O sabor e a cor das partes
Quais não posso ver
O jeito que ela tem de se mexer
Dá vontade de saber
Das coisas que ela gosta
E como vai se comportar
Segundos antes e durante
Os instantes em que gozar.
Avança
Em outros tempos
Eu, desatento
Perdi você
Embora agora
Eu tenha tanto
Pra te dizer
Meu peito
Cala a garganta
Mas meu pulso
Avança
Em te escrever
Lembranças
Por vezes
Trazem impulsos
Em direção
Aos múltiplos modos
De inspiração
Feitos todos
De você
Planos
Gerenciados
Por imaginação
Trazem também
Inspiração
Influenciada
Por saudade
Da realidade
Que a minha mente
Não deixou existir
Outros gêneros
Imaginários
Aliados a partes
De outras lembranças
Geram desejos
E os mesmos, então
Trazem formas completas
De inspirar-me
Na tua boca
Nas tuas pernas
Nuca, peitos
Cabelos, temperaturas
Todas as partes
Dos beijos
Das cores
Sons, odores
Que formam você
Em outros tempos
Eu, desatento
Tantas vezes
Perdi tanto tempo
Perdi tanta coisa
Perdi você
Mas por sorte
O que move
A parte que faz
Com que o poeta acorde
Pelo jeito
Nunca vou perder.
Eu, desatento
Perdi você
Embora agora
Eu tenha tanto
Pra te dizer
Meu peito
Cala a garganta
Mas meu pulso
Avança
Em te escrever
Lembranças
Por vezes
Trazem impulsos
Em direção
Aos múltiplos modos
De inspiração
Feitos todos
De você
Planos
Gerenciados
Por imaginação
Trazem também
Inspiração
Influenciada
Por saudade
Da realidade
Que a minha mente
Não deixou existir
Outros gêneros
Imaginários
Aliados a partes
De outras lembranças
Geram desejos
E os mesmos, então
Trazem formas completas
De inspirar-me
Na tua boca
Nas tuas pernas
Nuca, peitos
Cabelos, temperaturas
Todas as partes
Dos beijos
Das cores
Sons, odores
Que formam você
Em outros tempos
Eu, desatento
Tantas vezes
Perdi tanto tempo
Perdi tanta coisa
Perdi você
Mas por sorte
O que move
A parte que faz
Com que o poeta acorde
Pelo jeito
Nunca vou perder.
sonâmbulos
pulsos
sangrando frases
sem cortes
frases
cortando pulsos
sem sangue
sonhos sem dono
sonhadores sem sono
sonâmbulos
guardando segredos
seguindo planos
guardas
sussurrando medo
garantindo sono
sangue sem temperatura
surra sem danos
chuvas
secando flores
incendiando amores
em preto e branco
sangrando frases
sem cortes
frases
cortando pulsos
sem sangue
sonhos sem dono
sonhadores sem sono
sonâmbulos
guardando segredos
seguindo planos
guardas
sussurrando medo
garantindo sono
sangue sem temperatura
surra sem danos
chuvas
secando flores
incendiando amores
em preto e branco
Habitante
Moça, vou te contar
Tentativas exaustivas
A fim de entender o motivo
Ou saber de onde veio isso
Não teriam quaisquer serventia
É inalcançável, invisível
Não está em livros ou dicionários
É quase como agonia
Seria detestável
Caso não fosse irresistível
Em um passo de instante
Passa a ser você
Habitante do meu tempo
A visitar meus pensamentos
Sem qualquer anúncio
Vou te contar, mas em segredo
Impulsos geram relatos
Que embora eu quisesse esconder
Gritam nos meus versos
Afins de te dizer que já é incalculável
O tanto de vezes, que sem querer
Querer você é inevitável.
Tentativas exaustivas
A fim de entender o motivo
Ou saber de onde veio isso
Não teriam quaisquer serventia
É inalcançável, invisível
Não está em livros ou dicionários
É quase como agonia
Seria detestável
Caso não fosse irresistível
Em um passo de instante
Passa a ser você
Habitante do meu tempo
A visitar meus pensamentos
Sem qualquer anúncio
Vou te contar, mas em segredo
Impulsos geram relatos
Que embora eu quisesse esconder
Gritam nos meus versos
Afins de te dizer que já é incalculável
O tanto de vezes, que sem querer
Querer você é inevitável.
Chegadas as horas
Quando o tempo acabar
E eu não puder esperar mais
Com essa calma e conforto
Quando um cego vier avisar
Que não sei mais ver diferença
Entre viver e não estar morto
Quando voltar a enxergar
E antes que eu possa evitar
Um sopro fechar todas as portas
Quando não souber dizer
O que quero dizer com isso tudo
Que não suporto ficar sem escrever
Meus olhos vão esquecer
O que me faz buscar felicidade
E sentirei muitas saudades
De poder viver as partes
Quais vou morrer sem conhecer.
E eu não puder esperar mais
Com essa calma e conforto
Quando um cego vier avisar
Que não sei mais ver diferença
Entre viver e não estar morto
Quando voltar a enxergar
E antes que eu possa evitar
Um sopro fechar todas as portas
Quando não souber dizer
O que quero dizer com isso tudo
Que não suporto ficar sem escrever
Meus olhos vão esquecer
O que me faz buscar felicidade
E sentirei muitas saudades
De poder viver as partes
Quais vou morrer sem conhecer.
17 de Abril
Se você não existisse
Tudo seria monte de nada
Se você não existisse
Eu inventaria uma de ti
Se você não existisse
Se você não estivesse aqui
Amor seria tolice
Poesia seria chatice
E meu coração, uma pedra gelada.
A cidade sorri
Minha vontade de escrever
Aparece em um instante
Sob incentivo de um coletivo
De sensações sem nome
Em doses exageradas
Sob efeito desse impulso
Passo a ser punho
Caneta e papel
Embriagado nos encantos
De uma moça
A qual conheço tanto
Quanto conheço os sonhos
Que nunca tive
E aqui estou, sonhando
Sem sono...
Assisto a moça caminhar
Fazendo a cidade sorrir
E a cada passo que dá
Dela transbordam versos
Toda a cidade vem assistir
A moça que por onde passa
Fabrica um recital a lhe seguir.
Aparece em um instante
Sob incentivo de um coletivo
De sensações sem nome
Em doses exageradas
Sob efeito desse impulso
Passo a ser punho
Caneta e papel
Embriagado nos encantos
De uma moça
A qual conheço tanto
Quanto conheço os sonhos
Que nunca tive
E aqui estou, sonhando
Sem sono...
Assisto a moça caminhar
Fazendo a cidade sorrir
E a cada passo que dá
Dela transbordam versos
Toda a cidade vem assistir
A moça que por onde passa
Fabrica um recital a lhe seguir.
Inseparáveis
Ao meu ver...
Quer saber?
Na busca incansável por melhorias
Quem desiste sequer fica triste
Porque a perda nesse caso, não existe
Na conquista por sabores incomparáveis
E orgasmos que não podem ser descritos
Lágrimas e sorrisos são inseparáveis
Não há como evitar mudanças
Não há como eliminar os riscos
A cada suspiro, um novo infinito é escrito.
Quer saber?
Na busca incansável por melhorias
Quem desiste sequer fica triste
Porque a perda nesse caso, não existe
Na conquista por sabores incomparáveis
E orgasmos que não podem ser descritos
Lágrimas e sorrisos são inseparáveis
Não há como evitar mudanças
Não há como eliminar os riscos
A cada suspiro, um novo infinito é escrito.
Espelhos
Por aqui,
vejo quadros se mexerem
sem saberem
que a mente
distorce espelhos,
que a paranóia
é especialista em dar conselhos.
Mulheres de beleza completa,
na certa se acham em defeitos.
É mais fácil que assumir perfeição
pintada no seu jeito.
...
vejo quadros se mexerem
sem saberem
que a mente
distorce espelhos,
que a paranóia
é especialista em dar conselhos.
Mulheres de beleza completa,
na certa se acham em defeitos.
É mais fácil que assumir perfeição
pintada no seu jeito.
...
Jardim vivo
A grande árvore anuncia
O início do final da tarde
Avisando que desfazer-se de partes
As quais não consegue mais suportar
Faz parte de manter-se firme
As senhoras donas do lago
Dançam com tanto charme
Que olhar, passa a não bastar
A chegada da chuva
Mais parece um palpite
De que na casa das bromélias
Há um convite a nos abrigar
Aproximam-se mais convidados
Trazendo em seus sorrisos e olhares
A felicidade que não se pode comprar
E o amor pela vida se pronuncia
Sem lamentar o peso de seus fardos
O Céu logo atende o pedido
E em seguida, o início da noite
Anuncia a hora da despedida
O jardim da poesia viva
Silencia e escurece
Nos deixando a sós
E diante de nós
Adormece.
O início do final da tarde
Avisando que desfazer-se de partes
As quais não consegue mais suportar
Faz parte de manter-se firme
As senhoras donas do lago
Dançam com tanto charme
Que olhar, passa a não bastar
A chegada da chuva
Mais parece um palpite
De que na casa das bromélias
Há um convite a nos abrigar
Aproximam-se mais convidados
Trazendo em seus sorrisos e olhares
A felicidade que não se pode comprar
E o amor pela vida se pronuncia
Sem lamentar o peso de seus fardos
O Céu logo atende o pedido
E em seguida, o início da noite
Anuncia a hora da despedida
O jardim da poesia viva
Silencia e escurece
Nos deixando a sós
E diante de nós
Adormece.
É que tira a minha paz
É da parte
dos movimentos
que ela faz
que vem essa vontade
de não aguentar
assistir sem fazer parte.
dos movimentos
que ela faz
que vem essa vontade
de não aguentar
assistir sem fazer parte.
Sentimento expulso
O grupo de gente largada
Usando roupa larga
E que não larga a rua por nada
Projeta sob incentivo de instinto
Cada um na técnica que tem
No seu estilo individual
Sem pretensão de serem entendidos
Ou de arrancar elogios de sei lá quem
Estão a base de impulsos
Expulsando em pulsos
Tudo isso que sentem muito
Transformando os muros nas ruas
Em arte marginal pintada
Na qual cada artista que atua usa...
...amor, ódio e tinta enlatada.
Usando roupa larga
E que não larga a rua por nada
Projeta sob incentivo de instinto
Cada um na técnica que tem
No seu estilo individual
Sem pretensão de serem entendidos
Ou de arrancar elogios de sei lá quem
Estão a base de impulsos
Expulsando em pulsos
Tudo isso que sentem muito
Transformando os muros nas ruas
Em arte marginal pintada
Na qual cada artista que atua usa...
...amor, ódio e tinta enlatada.
( LIFE - ANG - MITO)
Fevereiro
O simples é tão mágico
Quanto tentam nos convencer
Que está tudo perdido
E o trágico é o comum
Nos servem com glamour
Um monte de valores invertidos
Mano... o amor
Não perde pra juiz nenhum
Não teme nenhum bandido.
Quanto tentam nos convencer
Que está tudo perdido
E o trágico é o comum
Nos servem com glamour
Um monte de valores invertidos
Mano... o amor
Não perde pra juiz nenhum
Não teme nenhum bandido.
.
O jeito comportado com que se mexe,
mexe com meus excessos de curiosidade
direcionados aos excessos
que provavelmente comete
ao descomportar-se.
mexe com meus excessos de curiosidade
direcionados aos excessos
que provavelmente comete
ao descomportar-se.
Desfaz
Uma abusada
Eu diria
Inspiração não
Ela é a própria poesia,
Em seus gestos
Desatentos
E intencionados
Na sua grande maioria
Me afronta
E aponta a direção
De uma porta
Que bagunçaria
A minha vida.
Eu diria
Inspiração não
Ela é a própria poesia,
Em seus gestos
Desatentos
E intencionados
Na sua grande maioria
Me afronta
E aponta a direção
De uma porta
Que bagunçaria
A minha vida.
...
eu passava
te via
mas não te encontrava
eu imaginava
como seria
mas você não passava
eu te encontrava
e te perdia
no gaguejar das palavras
eu cogitava
quantas tantas diria
te via
mas não te encontrava
eu imaginava
como seria
mas você não passava
eu te encontrava
e te perdia
no gaguejar das palavras
eu cogitava
quantas tantas diria
Parque
Das copas das árvores
vi um monte de coisas,
vi moças
que quando muito
interessadas em rapazes
tornavam-se capazes de atividades
que causariam fobia na maldade..,
vi um monte de coisas,
vi moças
que quando muito
interessadas em rapazes
tornavam-se capazes de atividades
que causariam fobia na maldade..,
inventor
o sonhador
inventor
inventou de praticar
se especializar
na arte de fazer
ao escrever
o seu sorriso
se multiplicar
inventor
inventou de praticar
se especializar
na arte de fazer
ao escrever
o seu sorriso
se multiplicar
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