17 de Abril

Se você não existisse
Tudo seria monte de nada

Se você não existisse
Eu inventaria uma de ti

Se você não existisse
Se você não estivesse aqui
Amor seria tolice
Poesia seria chatice
E meu coração, uma pedra gelada.

A cidade sorri

Minha vontade de escrever
Aparece em um instante
Sob incentivo de um coletivo
De sensações sem nome
Em doses exageradas


Sob efeito desse impulso
Passo a ser punho
Caneta e papel
Embriagado nos encantos
De uma moça
A qual conheço tanto
Quanto conheço os sonhos
Que nunca tive


E aqui estou, sonhando
Sem sono...


Assisto a moça caminhar
Fazendo a cidade sorrir
E a cada passo que dá
Dela transbordam versos
Toda a cidade vem assistir
A moça que por onde passa
Fabrica um recital a lhe seguir.

Inseparáveis

Ao meu ver...
Quer saber?

Na busca incansável por melhorias
Quem desiste sequer fica triste
Porque a perda nesse caso, não existe

Na conquista por sabores incomparáveis
E orgasmos que não podem ser descritos
Lágrimas e sorrisos são inseparáveis

Não há como evitar mudanças
Não há como eliminar os riscos
A cada suspiro, um novo infinito é escrito.