Jardim vivo

A grande árvore anuncia
O início do final da tarde
Avisando que desfazer-se de partes
As quais não consegue mais suportar
Faz parte de manter-se firme

As senhoras donas do lago
Dançam com tanto charme
Que olhar, passa a não bastar

A chegada da chuva
Mais parece um palpite
De que na casa das bromélias
Há um convite a nos abrigar 

Aproximam-se mais convidados
Trazendo em seus sorrisos e olhares
A felicidade que não se pode comprar
E o amor pela vida se pronuncia
Sem lamentar o peso de seus fardos

O Céu logo atende o pedido

E em seguida, o início da noite
Anuncia a hora da despedida

O jardim da poesia viva
Silencia e escurece
Nos deixando a sós

E diante de nós
Adormece.

Um comentário:

Raíssa disse...

como não amar?